Vida Mansa

Você saberá a hora certa para cada coisa A hora certa de olhar para o lado E ver que o mundo está repleto de coisas boas (e também ruins) Saberá a hora certa de cruzar olhares. A hora certa de sorrir Sorrir por uma piada Por uma lembrança Ou mesmo, por uma pessoa. A hora certa de ouvir as coisas que existem no mundo O barulho da água em um rio Aquela música que lembra alguém muito especial Palavras que lhe forem ditas. Você sempre saberá a hora certa para cada coisa E principalmente a hora certa de falar Falar o que está pensando, para quem está pensando Aconselhar àqueles que precisarem de conselhos (e também você mesmo). Conhecemos pessoas, lugares e sabores Tudo em uma determinada fase da vida Com um determinado objetivo. O único problema somos nós, os ansiosos. Que metemos os pés pelas mãos e acabamos fazendo coisas antes da hora certa. Nós os ansiosos queremos sempre saber o que vem logo ali O que veremos se olharmos mais adiante? O que ouviremos se presta

Ontem era apenas eu. Depois criei o nós. O nós não existiu. Continuei sendo apenas eu. Depois fui eu e outro E outro E outro E os nós que criava Que nunca tinham inicio, meio e fim. Porque nunca eram inicio de nada. E sempre voltava a ser apenas eu. O nós ficou pra trás Bem no passado Quase que esquecido. O dia passou Uma nuvem negra pairou sobre você Talvez sobre nós. Mas entre essas coisas ruins Voltamos a ser eu e você E mais uma vez na minha cabeça, somos nós. Talvez um nós que eu queria que tivesse existido há um tempo atrás. Mas somos eu e você, apenas isso. Hoje somos eu e você. Amanha talvez sejamos nós Um nós de verdade. Mas enquanto isso não acontece Sou apenas eu Criando um nós, sem inicio, meio e fim. E com muitas dúvidas Sobre decidir se isso é certo ou errado Se posso ou não fazer Se devo ou não sentir Realmente são muitas dúvidas. Pouquíssimas respostas. Vou indo mais uma vez Criando essa expectativa